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terça-feira, 28 de junho de 2011

Idolatria Evangélica: onde estamos fundamentados?


Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. 1 Coríntios 3:10-11.
Muitos evangélicos entendem como idolatria apenas o fato de pessoas adorarem imagens de escultura, motivo esse que sempre foi principal ponto de divergência com os católicos. No entanto temos visto tantos absurdos nas igrejas Evangélicas que podemos questionar até que ponto a IDOLATRIA, ainda que de forma diferente, têm sido uma realidade assustadora entre nós.
O QUE SERIA IDOLATRIA?Apenas alguém adorar a imagens? Certamente que não! IDOLATRIA é tudo aquilo que “substitui” a Pessoa de Jesus Cristo. No trecho bíblico que citei no começo desse texto vemos Paulo ensinar que ninguém pode lançar outro fundamento além do que já foi posto, que é Cristo. Quando passamos a lançar outros fundamentos que não seja Jesus, logo estamos tentando substituí-lo e por isso nos tornamos IDÓLATRAS. As igrejas evangélicas não possuem imagens de “santos” nem de outros deuses, mas muitos praticam a idolatria devido a tantos outros “fundamentos” que se têm lançado, como se a simplicidade do Evangelho de Cristo já não bastasse. Não é a toa que Paulo alerta: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.”2 Co 11:3 .Como os evangélicos têm se afastado da simplicidade que há em Cristo! Como têm lançado tantos outros fundamentos fora de Cristo e por isso, se tornando idólatras! Enquanto o único fundamento que deveríamos estar arraigados,que é Jesus, nos deu a certeza de que tudo já havia sido consumado na cruz, muitos líderes e pastores insistem em lançar tantos outros fundamentos. Podemos constatar isso mediante aos falsos ensinos e heresias que estão se alastrando dentro das igrejas. Ao invés de pregarem Cristo como único Caminho que nos leva à Deus através de sua graça, muitos persistem em acrescentar tantas outras coisas, utilizando-se de passagens bíblicas fora de contexto e interpretações equivocadas. A morte de Jesus têm sido desprezada, dando espaço para tantas outras formas de redenção e justificação, como se o sacrifício pleno e perfeito não fosse o suficiente. Induzem ao povo a confessarem pecados cometidos desde a infância, como se na Cruz não tívessemos a total redenção deles. Como se o perdão e a vida nova em Cristo não existissem, não aceitando apenas o favor imerecido de Deus que não se lembra mais das nossas trangressões. Ensinam que devemos nos “judaizar”, tocar shofar, guardar sábados, adorar réplicas mal feitas da arca da aliança, como se o véu do santuário não estivesse rasgado e como se o Santo dos Santos já não estivesse aberto para nós através do sangue de Cristo. Enquanto a bíblia nos revela as maravilhas de Deus através de Jesus, muitos preferem os rituais e as técnicas, tantos outros fundamentos fora do Salvador.


“E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo”. Mc 15:38


“Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, PELO SANGUE DE JESUS, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é , pela sua carne;” Hb 10:19-20.


Como se fosse pouco a barbaridade de tentar anular a Graça e lançar o fundamento da lei, muitos têm tentado corromper o Evangelho e acentuar a ganância do homem lançando outro fundamento, que é a cobiça. A teologia da prosperidade tem colocado dentro das igrejas um altar pra o deus da riqueza, mamom.Toda sorte de barganhas e negociações têm sido ensinada aos cristãos, inclusive atribuindo o tamanho da “bênção de Deus” aos bens materiais que se possui, como se nossa herança não fosse eterna.
Inúmeros amuletos e elementos de idolatria também têm sido valorizados em nosso meio, como se esses, em si mesmos, possuíssem poder para liberar bênçãos divinas. Podemos iniciar a lista dos patuás gospel com o “óleo ungido”, que é a água benta dos evangélicos, utilizado como “ativador” de unção e milagres, vendidos de várias formas em pequenos vidrinhos com instruções para “ungir” paredes, portas, comida e até cuecas dos maridos mais assanhados, tipo “simpatia” para afastar maus fluídos. Na onda do sincretismo religioso, encontramos também as pulseiras proféticas, que segundo seus inventores, “eles resolveram colocar 12 miçangas azuis, representando o derramar do Rio do Leão (estranha doutrina que eles dizem ter recebido de Deus) 12 vezes mais do que vemos hoje e quatro coloridas, representando os quatro seres (referindo-se a unção dos 4 seres viventes), repetidos quatro vezes na pulseiras”, e elas servem para lembrar a eles de orar para que essas doutrinas sejam espalhadas, tipo um terço gospel. Sem falar nos saquinhos mega-hiper-super milagrosos contendo areia da terra santa, garrafinhas com água do Rio Jordão, as fogueiras santas, as rosas ungidas e tantas outras práticas ocultistas e supersticiosas com roupagem evangélica.
Dessa forma, como podemos chamar de idólatras aqueles que se curvam diante de esculturas, se nós temos as nossas próprias idolatrias personalizadas ao melhor estilo gospel????

“Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho;O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” Gálatas 1:6-9
Viviane Pinheiro

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